terça-feira, 25 de junho de 2013

Sempre comigo

Nostalgia ao lembrar aquele ano.
Meu travesseiro era feito de planos.

Minha vida só contara até dezesseis.
Nem sabia o quão seria você.

Entre lápis, notas, melodias,
Um carinha fez parte dos meus dias.

Foi assim que os caminhos se cruzaram.
Os seus dedos meu rosto desenhavam.

Mas, de repente, a ponte se fez muro,
E você, tão longe do futuro.

Por isso, peço, meu mais querido amigo,
Não esqueça que esteve comigo.
Tenho certeza: sempre estarei contigo.
E o seu caminho eu bendigo.

Dias, noites, quilômetros passaram,
Até que, enfim, palavras se encontraram.

Tempestades trouxeram nos ares,
Reprimidos por alguns olhares.

Tão logo o sol tratou de nos aquecer,
Percebi que sempre seria você.

Já conheço seus defeitos e seus feitos.
Sua três por quatro apresenta o seu jeito.

O passado virou futuro e presente.
Quem sabe um dia você esteja em meu ventre.

Por isso, peço, meu amor, meu amigo,
Quer casar comigo?
E ofereço o meu peito como abrigo.
Quer casar comigo?

Sobre aqueles centavos e aqueles milhões

Estou em antítese. 

Estar tão só no meio de uma multidão na quinta-feira passada fez com que a beleza do movimento estremecesse em mim. 
Era tudo tão superficial... com ares de micareta. Foi tão sem foco... cartazes sugerindo "Goku" pra presidência. Fatos e atos que nos podam sem serem citados... vistos como muito polêmicos para estarem em pauta!

Não que não possamos ser multifacetados... não que não possamos ser irreverentes.
Pelo contrário, a diversidade e leveza deveriam ter sua função na discussão e construção de caminhos. Mas não parecem terem assumido esse papel.

Acordamos ou continuamos adormecidos em nossos próprios quereres?
Será que a rua continuará arquibancada ou se tornará arena?

Questões que no silêncio e no caos convivem hoje em mim.