Nostalgia ao lembrar aquele ano.
Meu travesseiro era feito de planos.
Minha vida só contara até dezesseis.
Nem sabia o quão seria você.
Entre lápis, notas, melodias,
Um carinha fez parte dos meus dias.
Foi assim que os caminhos se cruzaram.
Os seus dedos meu rosto desenhavam.
Mas, de repente, a ponte se fez muro,
E você, tão longe do futuro.
Por isso, peço, meu mais querido amigo,
Não esqueça que esteve comigo.
Tenho certeza: sempre estarei contigo.
E o seu caminho eu bendigo.
Dias, noites, quilômetros passaram,
Até que, enfim, palavras se encontraram.
Tempestades trouxeram nos ares,
Reprimidos por alguns olhares.
Tão logo o sol tratou de nos aquecer,
Percebi que sempre seria você.
Já conheço seus defeitos e seus feitos.
Sua três por quatro apresenta o seu jeito.
O passado virou futuro e presente.
Quem sabe um dia você esteja em meu ventre.
Por isso, peço, meu amor, meu amigo,
Quer casar comigo?
E ofereço o meu peito como abrigo.
Quer casar comigo?