quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Menina,
Já fez sua parte. Você pode ir.
Apareça de vez em quando!

3 comentários:

  1. Assim, tão frio, tão duro, tão insensível? Por quê?

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  2. Meu estimado Carlos,

    Entre o vocativo e a despedida havia muito mais. Pela primeira vez o cursor apagou uma parte imensa da minha expressão, porque desejei omitir parte de mim, uma parte da qual me orgulho e me envergonho: a força da minha fragilidade. E este tão direto texto também significa isso.

    Além disso, também digo do quanto me sinto menos abaixo, que agora enxergo na horizontal. Descobri que também sou forte longe da minha fragilidade (e doçura? Ou docilidade?)

    Eu me deparei com minha adultez. Estou a construir isso. Há tempos já deixei o adolescer e sabia disto, mas (que estranho!) só agora percebo a potencialidade realmente do envelhecer pra além das leituras e escutas.

    Tudo em borbulhas ainda. Acredito encontrar eu-menina ainda muitas vezes, que ela tb me faça sorrir e sentir taaanto... Porém, eu sei - como não sabia antes - que eu-maior tb pode produzir sensações e vivências que me façam seguir bem, muito bem.

    Feliz Ano Novo!!!

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  3. Que a menina apareça, pois ela carrega consigo a doçura que a vida insiste em reprimir, furtar, ocultar. Que a mulher consciente da sua maturidade não feche a porta quando a menina, cansada, pedir abrigo com lágrimas de saudade e solidão. E que o encontro seja mágico e inspirador na coexistência que a alma permite acontecer pela necessidade de sobrevivência da emoção que inspira pela fragrância que exala da vida, a cada dia, com toda a intensidade.

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