segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Elipse

Houve um tempo de bochechas rosadas e sonhos coloridos. Nessa época, bruxas e fadas conviviam debaixo de uma mesma jabuticabeira. Lá, aprendi a construir famílias e ninar bonecas. Dava a elas o melhor da minha feira de flores e de meu coração. Foi um momento em que a bicicleta era meu temor volante e não havia príncipe que fizesse me render à coragem. Mas não havia temor suficiente que me impedisse de andar sobre duas rodas. Foi um bom tempo! E, como vivemos em elipse, um amor me encontrou debaixo da minha jabuticabeira.

3 comentários:

  1. A fragrância dos doces momentos vividos na infância alimenta a necessária doçura para viver a realidade adulta. Somos feitos de passado e futuro, o presente é sempre efêmero.

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  2. Carlos...

    O presente é dádiva, em pleonasmo intenso! Presente feito de passado e, em antítese, porvir. Sim, é efêmero, mas é o que temos, não? Embanhado do que foi e ansioso por o que virá, é somente o que temos.

    Abraço!

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