Durante muito tempo não tive casa. Nesse período, desejava raiz. Mas, paradoxalmente, adocicava meus sonhos esse jeito solto de seguir. Foram tantas idas e vindas, passagens e paisagens. E nessas, surgiu a vontade de me conhecer só e completa. Em uma nova etapa, fiz de mim meu próprio lar e descobri o prazer de me cuidar. Assim, afirmei dar conta das contas, dos contos e dos cantos. Por fim, quando novamente o asfalto me convocou, junto com o movimento de cada mourão, com a dança de cada árvore e a imensidão de cada montanha, foi descortinado a mim que não há função no solo firme quando se tem o vento que nos carrega como semente.
Kelly,
ResponderExcluirParabéns pela forma com que trouxe ao seu texto uma carga cinestésica com a intensidade de emoções em ebulição. Belíssima composição metafórica! Menina, você tem talento!
Um grande abraço.
Carlos
Carlos,
ExcluirDevo dizer que sua visita me agradou imensamente e que suas palavras me fizeram sorrir.
Muito obrigada!!!